domingo, 7 de novembro de 2010

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - LUGAR DE CRIANÇA CONHECER A DEUS ?

Cleydemir de Oliveira Santos
Pr. 22: 6 - Ensina o seu filho no caminho em que deve andar até quando crescer não se desviará dele.
I Re. 9: 4


Há bem pouco tempo as escolas públicas estavam reunidas com os conselhos tutelares para discutir a questão do aluno-problema na rede pública municipal. A escola não dá conta, manda para o conselho tutelar que devolve para a escola por que a lei afirma que a escola tem que ter vaga para todas as crianças. Ninguém sabe o que fazer. Muitas destas crianças são filhos de evangélicos, que freqüentaram uma escola bíblia dominical. Amanhã pode ser um filho nosso.

Onde a criança deve conhecer sobre o amor? E o caminho em que deve andar?
Nas relações paternas. Os pais tem a responsabilidade de amarem-se um ao outro de tal maneira que as crianças aprendam sobre o amor. Não adianta simplesmente "amar" seu filho. É muito fácil. A criança é a principio aquele que completa a mãe, o pai, e recebe sem questionar, o carinho a ela direcionado. A criança não tem ainda uma identidade formada, e tudo o que os pais quiserem, em troca de amor e carinho certamente ela irá submeter-se. Ela não pode e não sabe avaliar as relações e parece estar sempre devendo. Na linguagem da análise transacional, a criança percebe-se sempre como não OK, e o adulto sempre como OK. ( Até que se decepcione com o adulto, e ai serão os dois Não OK.)

Amar um filho é fácil. Difícil é amar o esposo, ser-lhe submissa. Difícil é amar a esposa, como Cristo amou a Igreja e a si mesmo entregou por ela. Ef. 5:25. E muitos pais na dificuldade de amarem e compreenderem um ao outro tem feito um investimento excessivo em algum filho escolhido para suprir a necessidade que tem do carinho e compreensão do cônjuge. Têm efetuado contratos inconscientes com seus filhos, de tal forma que estas crianças ficam dependentes desta mãe, ou pai, e não conseguem amadurecer. Não que não tenham condições, mas não podem amadurecer, nem crescer, nem ser independente, pois esta mãe (ou pai) depende dele para existir.

Dt. 11: 19 tem uma ordem para falar, inculcar, insistir com o filho sobre o amor de Deus. Mas se o ensino for apenas verbal, é impreciso e não terá efeito duradouro. Ao contrário, ensinará sutilmente, a mentir, a ter uma vida hipócrita. Vemos na ação de Esaú. Filho do patriarca Isaque e da famosa Rebeca. A bíblia nos lembra que cada namorada que aquele rapaz arranjava trazia dor para o coração de sua mãe. Ele conhecia a história do avô que manda buscar uma moça lá entre os de seu povo, que tinha a mesma fé, o mesmo Deus. Mas ele não via no relacionamento de seus pais nada de interessante. Ele não via firmeza, não via carinho. Ele sabia que sua mãe gostava mais do outro filho que de seu marido. Seu pai gostava mais dele, o filho caçador que de sua própria esposa. Então ele pode ter pensado: para que tanto trabalho? Se não dá certo mesmo, melhor arranjar qualquer uma por aqui. Pelo menos terei motivos se não der certo.

A facilidade que tem uma criança de escutar o que não foi dito é muito grande. Muitas coisas ela não compreende, por não ter maturidade, mas que posteriormente, vão como que em cadeia ser associadas e tiradas conclusões. Pois Tudo fica gravado em sua memória. Algumas coisas conscientes, outras não. Mas as atitudes estarão definidas por tudo o que viram e ouviram. Algum dia eles vão perguntar, conforme sugere Dt. 6:20: "que significam os testemunhos e estatutos e juízos que o Senhor vosso Deus vos ordenou?"

A criança não tem senso moral definido. A criança que agora não comete um tipo de erro, meia hora depois pode não se preocupar em se envolver em outro qualquer. A firmeza tem que vir dos Pais.

II Cr 22:3 ... Sua Mãe o aconselhava a proceder iniquamente. Pobre Acazias, reinou l ano apenas sobre Judá. É em casa que se aprende a viver para Deus ou a fugir dEle. II Tim1:5 Eunice vive o evangelho para sua filha Lóide, que por sua vez ensina a seu filho Timóteo, que era então um jovem sem dificuldades na VIDA, nos relacionamentos e na fé cristã.

Não podemos delegar. Davi fez isso. Delega a Joabe a Guarda de seu filho Absalão.
Joabe era grande estrategista de guerra, mas um homem sem temor a Deus, sem piedade, sem compromisso com a amizade. Tinha prazer em derramar sangue. Foi o filho que maiores dificuldades teve em relacionar-se com seu pai.

I Reis 9: 4, O Senhor fala a Salomão para andar em sua presença como andou Davi seu pai.
Parece meio incoerente isto mas podemos tirar algumas lições:
- Davi andou com Deus, mas não teve tempo de ensinar seus filhos a andarem.
- Não podemos repassar esta nossa comissão, Sub-comissionar, é "indelegável".
- A nossa relação com nossos filhos é fundamental para a relação deles com Deus.

o Rev. Caio Fábio faz em um de seus livros uma interessante dissertação sobre Davi e seu filho Absalão.

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